terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ficção cada vez mais real

Quando surgiram os primeiros celulares com fones Bluetooth – aqueles que permitem que o usuário conversse enquanto anda com as mãos livres – foi preciso tempo para vencer o estranhamento e se convencer que aquele sujeito não havia perdido o juízo, não estava falando sozinho.

Uma invenção anunciada neste mês pela Nokia pode gerar cenas também intrigantes: pessoas tateando o vazio, com o olhar fixo no nada. A nova mudança deve vir com o sistema chamado de Mixed Reality, que ainda é protótipo e não tem previsão de lançamento.

O segredo está em um par de óculos e outro de fones de ouvido, ambos sem fio, e uma pulseira. O aparato permite interagir com as principais funções do celular atualmente: ler as notícias do dia, trocar mensagens, ouvir músicas e assistir a vídeos 3D, por exemplo. Só a conversa do telefone tradicional não entra na equação.

A imagem é projetada nas lentes dos óculos e dá a impressão de que as letras e figuras estão flutuando no espaço. O movimento dos olhos é captado por sensores – o suficiente para mover o cursor na tela dos óculos.

Tarefas mais complexas exigem o uso de um teclado virtual: para selecionar um item, é preciso utilizar as mãos, movendo os dedos e pressionando-os sobre a tecla. O mecanismo é possível graças à tal pulseira que capta os movimentos do braço. O mesmo aparelho é capaz de reproduzir sensações táteis, o que aumenta ainda mais o realismo.

Com tudo isso, fiquei pensando cá com meus botões, a ficção que apenas divertia e inspirava anseios em seus fãs, cada vez mais está próxima de ser nosso cotidiano. Não dúvido mais que um dia todo mundo vai ter um robô em casa e um carro voador na garagem (ou seria angar?!?).


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